terça-feira, 1 de dezembro de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
CENSURA VOLTOU A PORTUGAL
O espectáculo "Amor", de André Sant'Anna, encenado por Marcos Barbosa e interpretado por Flávia Gusmão, programado pelo Director do TNDM II para o Festival ao Largo hoje, dia 19 de Julho, às 22h, no Largo de S. Carlos, com convite formal aos produtores do espectáculo por parte da OpArt (entidade organizadora do Festival) foi CENSURADO pelo Director do próprio Festival (PEDRO MOREIRA) NA VÉSPERA (durante o ensaio geral, e sem assistir ao ensaio completo), por motivos ideológicos.
Estaremos todos hoje, às 21h- hora a que seria apresentado o espectáculo - no Largo do São Carlos a favor da Liberdade , da Cultura , do Amor e queremos uma justificação clara.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
terça-feira, 30 de junho de 2009
domingo, 21 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Oh...esquecemo-nos da Cultura!!!
O primeiro-ministro apontou, esta quarta-feira, como exemplo de um erro ( talvez ) cometido pelo seu Governo nesta legislatura, a ausência de um investimento volumoso na área da cultura
"O parente pobre" aparece para salvar a "humildade" do nosso primeiro ministro ao admitir erros de governação. Por favor...
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Teatro: Companhias Descentralizadas criticam centralismo do Governo
Em comunicado enviado à Lusa, as companhias sustentam que a política do Ministério da Cultura para o sector "assenta num profundo desconhecimento sobre o que acontece no terreno e ignora as especificidades do trabalho realizado longe dos centros de decisão política, económica e mediática".
Têm razão os meus colegas mas permitam-me que acrescente que esse profundo desconhecimento sobre o que acontece no terreno também se aplica nos centros de decisão política, económica e mediática ou seja nos Corredores de São Bento
Mais:
Para quando um subsídio de apoio à criação de novas estruturas?
Sejam elas Teatro ou Dança ou Circo?
( Bem o Circo então . . . nem se fala . . . coitados, menosprezados .
Para quem não sabe:
não existe no Ministério da Cultura , um subsídio de apoio a novas estruturas ( Companhias, como se chamam na verdade ) o que existe são os apoios anuais - para os quais é necessário apresentar a programação
mas só pode concorrer uma estrutura que exista e apresente trabalho contínuo há pelo menos dois anos.
Na prática:
Quem quiser criar uma nova Companhia de Teatro tem de
produzir
programar
realizar
criar
viver
durante dois anos sem nada.
Pode concorrer a subsídios pontuais - cujo valor não chega para a criação do espectáculo quanto mais para ajudar a sustentar uma estrutura
A Qatrel - que aqui se apresenta em forma de blogue, mas podem consultar o nosso trabalho no site - é nesse espaço indefinido e frágil que se encontra neste momento
Eu costumo dizer que "mão de obra" temos nós:
actores,
escritores,
cenógrafos,
figurinistas,
desenhadores de luz,
músicos,
contra-regras,
técnicos,
encenadores
. . . mas nem um tusto.
Como é que se aluga/compra um espaço de trabalho sem dinheiro?
como é que se paga as contas de electricidade ( gasta-se muita electricidade em espectáculos )
funcionários? nem pensar - como lhes pagávamos?
fazemos nós tudo (e todos fazem na verdade um pouco de tudo)...mas até quando vamos aguentar?
é altamente entusiasmante quando se tem 20 anos e se vive em casa dos pais e se acha que se vai conquistar o mundo
agora aos 40 anos? com 20 anos de carreira em cima? com filhos para criar???
ah????
Pois é.
Não dá!
Vou dedicar os próximos dias a publicar aqui o que se passa em termos de apoios institucionais nas artes do espectáculo
E também o que se passa com os agora apelidados de "intermitentes" - o pessoal que recebe a recibos verdes - trabalho precário - NÓS os ARTISTAS - OS ETERNOS MALDITOS
Até já
terça-feira, 16 de junho de 2009
Projecto da pianista Maria João Pires vai acabar?
Já não há ponta por onde se pegue neste país
Cada vez mais formatados
Cada vez mais burros
Cada vez mais endividados
Cada vez mais cinzentos
e
acima de tudo
Cada vez mais incultos
E desculpem lá, mas ... quem são os responsáveis?
Não se faz um bolo sem farinha, ovos, açucar ... whatever...
Depois provam e dizem: hum . . . que bolo fantástico, um obra de arte.
Desculpem???????
Então?
As outras obras de arte?
Não precisam dos ingredientes todos também?
PARA QUE TEMOS NÓS UM MINISTÉRIO DA CULTURA E UM MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO se não ministram nem uma coisa nem outra. ??????
Dizem que somos um
"POVO DE BRANDOS COSTUMES"
YÁ...QUE BOM....PORQUE ESTAMOS A CAMINHAR A PASSOS MUITO MUITO LARGOS PARA SERMOS TAMBÉM O POVO MAIS FÚTIL E MENOS CULTO DA EUROPA
PARABÉNS A TODOS NÓS!
E já agora espreitem o site do projecto Belgais para perceberem a dimensão do trabalho
e a estupidez e pequenez de quem não ajuda a mantê-lo de pé, sejam quais forem as razões da sua dificuldade
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Teatros nacionais transformados em entidades públicas empresariais
Governo atribuiu mais de 7 milhões em indemnizações compensatórias
De três em três meses o Teatro Nacional de São João e do Teatro Nacional D. Maria II, S. A., que passaram a ser entidades públicas empresariais e o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado, que são uma única entidade pública empresarial, vão receber indemnizações compensatórias do Governo.
Assim, e segundo a resolução do Conselho de Ministros n.º 41, publicada ontem no Diário da República, este ano serão pagos trimestralmente 1 293 750 euros, 1 225 000 euros e 4 823 250 euros , ao Teatro Nacional D. Maria II, E. P. E., ao Teatro Nacional de São João, E. P. E., e ao OPART - Organismo de Produção Artística, E. P. E.,respectivamente. Este ultimo será o que recebe mais. No total o Governo concede um total de 7, 34 milhões de euros.
O Conselho de Ministros concede estes valores com base no facto dos estatutos de cada uma das entidades lhes conferir o direito ao recebimento de uma indemnização compensatória para o cumprimento das obrigações de serviço público.
Além disso e para o cumprimento dos contratos programa relativo à prestação de serviço público na área da cultura teatral, celebrado entre o Estado o mesmo Conselho de Ministros autorizou as seguintes despesas:
- Teatro Nacional D. Maria II, E. P. E., no montante de 5 175 000 euros, a que acresce IVA à taxa legal em vigor, correspondente ao valor da indemnização compensatória a atribuir no ano de 2009.
- Teatro Nacional de São João, E. P. E., no montante de 4 900 000 euros , a que acresce IVA à taxa legal em vigor, correspondente ao valor da indemnização compensatória a atribuir no ano de 2009.
- OPART - Organismo de Produção Artística, E. P. E., no montante de 19 293 000 euros , a que acresce IVA à taxa legal em vigor, correspondente ao valor da indemnização compensatória a atribuir no ano de 2009. O que confere um total de 29, 3 milhões de euros.
De três em três meses o Teatro Nacional de São João e do Teatro Nacional D. Maria II, S. A., que passaram a ser entidades públicas empresariais e o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado, que são uma única entidade pública empresarial, vão receber indemnizações compensatórias do Governo.
Assim, e segundo a resolução do Conselho de Ministros n.º 41, publicada ontem no Diário da República, este ano serão pagos trimestralmente 1 293 750 euros, 1 225 000 euros e 4 823 250 euros , ao Teatro Nacional D. Maria II, E. P. E., ao Teatro Nacional de São João, E. P. E., e ao OPART - Organismo de Produção Artística, E. P. E.,respectivamente. Este ultimo será o que recebe mais. No total o Governo concede um total de 7, 34 milhões de euros.
O Conselho de Ministros concede estes valores com base no facto dos estatutos de cada uma das entidades lhes conferir o direito ao recebimento de uma indemnização compensatória para o cumprimento das obrigações de serviço público.
Além disso e para o cumprimento dos contratos programa relativo à prestação de serviço público na área da cultura teatral, celebrado entre o Estado o mesmo Conselho de Ministros autorizou as seguintes despesas:
- Teatro Nacional D. Maria II, E. P. E., no montante de 5 175 000 euros, a que acresce IVA à taxa legal em vigor, correspondente ao valor da indemnização compensatória a atribuir no ano de 2009.
- Teatro Nacional de São João, E. P. E., no montante de 4 900 000 euros , a que acresce IVA à taxa legal em vigor, correspondente ao valor da indemnização compensatória a atribuir no ano de 2009.
- OPART - Organismo de Produção Artística, E. P. E., no montante de 19 293 000 euros , a que acresce IVA à taxa legal em vigor, correspondente ao valor da indemnização compensatória a atribuir no ano de 2009. O que confere um total de 29, 3 milhões de euros.
Parlamento Europeu
Fui ao site do parlamento europeu:
cliquei em pt português
do lado esquerdo : temas da actualidade
e
( porque é que eu me lembrei de fazer isto....)
cliquei em: Justiça e Cidadania
aparecem temas relacionados/discutidos no parlamento
cliquei no seguinte: Relações Externas
novamente temas relacionados, acções concretas etc
continuei:
Agricultura e Pescas
o mesmo princípio, temas, debates etc
está quase...
seguinte:
Orçamento
entrevistas, debates etc etc
e finalmente cliquei em:
Cultura e Educação
caixas de sugestões dos cidadãos europeus, fotografia do mês, até tem uma notícia de futebol
é uma página tipo jornal informativo de eventos
Não vou comentar.
Não posso.
Fechavam-nos o blogue por falta de civismo e linguagem imprópria.
as eleições...
pela 1º vez desde que voto, estou a pensar votar em branco.
fui aos sites dos nossos partidos com assento parlamentar e europeu e não encontrei nenhuma proposta que defenda a cultura portuguesa e os seus agentes culturais na união europeia.
estou desiludida.
se calhar ando enganada e a cultura não interessa a ninguém a não ser a quem dela e para ela vive.
será????
sexta-feira, 27 de março de 2009
Mensagem do Dia Mundial do Teatro 2009
Teatro não pode ser apenas um evento - é forma de vida! Mesmo quando inconscientes, as relações humanas são estruturadas em forma teatral: o uso do espaço, a linguagem do corpo, a escolha das palavras e a modulação das vozes, o confronto de idéias e paixões, tudo que fazemos no palco fazemos sempre em nossas vidas: nós somos teatro!
Não só casamentos e funerais são espetáculos, mas também os rituais cotidianos que, por sua familiaridade, não nos chegam à consciência. Não só pompas, mas também o café da manhã e os bons-dias, tímidos namoros e grandes conflitos passionais, uma sessão do Senado ou uma reunião diplomática – tudo é teatro.
Uma das principais funções da nossa arte é tornar conscientes esses espetáculos da vida diária onde os atores são os próprios espectadores, o palco é a platéia e a platéia, o palco. Somos todos artistas: fazendo teatro, aprendemos a ver aquilo que nos salta aos olhos, mas que somos incapazes de ver, tão habituados estamos apenas a olhar. O que nos é familiar torna-se invisível: fazer teatro, ao contrário, ilumina o palco da nossa vida cotidiana.
Verdade escondida
Em setembro do ano passado fomos surpreendidos por uma revelação teatral: nós, que pensávamos viver em um mundo seguro, apesar das guerras, genocídios, hecatombes e torturas que aconteciam, sim, mas longe de nós, em países distantes e selvagens, nós vivíamos seguros com nosso dinheiro guardado em um banco respeitável ou nas mãos de um honesto corretor da bolsa quando fomos informados de que esse dinheiro não existia, era virtual, feia ficção de alguns economistas que não eram ficção, nem eram seguros, nem respeitáveis. Tudo não passava de mau teatro com triste enredo, onde poucos ganhavam muito e muitos perdiam tudo. Políticos dos países ricos fecharam-se em reuniões secretas e de lá saíram com soluções mágicas. Nós, vítimas de suas decisões, continuamos espectadores sentados na última fila das galerias.
Vinte anos atrás, eu dirigi Fedra de Racine, no Rio de Janeiro. O cenário era pobre: no chão, peles de vaca; em volta, bambus. Antes de começar o espetáculo, eu dizia aos meus atores: "Agora acabou a ficção que fazemos no dia-a-dia. Quando cruzarem esses bambus, lá no palco, nenhum de vocês tem o direito de mentir. Teatro é a Verdade Escondida".
Vendo o mundo além das aparências, vemos opressores e oprimidos em todas as sociedades, etnias, gêneros, classes e castas, vemos o mundo injusto e cruel. Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida.
Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!
Augusto Boal
Augusto Pinto Boal (Rio de Janeiro, 16 de março de 1931) é director de teatro, dramaturgo e encenador brasileiro, uma das grandes figuras do teatro contemporâneo internacional. Fundador do Teatro do Oprimido, "o teatro no sentido mais arcaico do termo.
Todos os seres humanos são actores - porque actuam - e espectadores - porque observam.
Somos todos "espect-atores" .
Teatro não pode ser apenas um evento - é forma de vida! Mesmo quando inconscientes, as relações humanas são estruturadas em forma teatral: o uso do espaço, a linguagem do corpo, a escolha das palavras e a modulação das vozes, o confronto de idéias e paixões, tudo que fazemos no palco fazemos sempre em nossas vidas: nós somos teatro!
Não só casamentos e funerais são espetáculos, mas também os rituais cotidianos que, por sua familiaridade, não nos chegam à consciência. Não só pompas, mas também o café da manhã e os bons-dias, tímidos namoros e grandes conflitos passionais, uma sessão do Senado ou uma reunião diplomática – tudo é teatro.
Uma das principais funções da nossa arte é tornar conscientes esses espetáculos da vida diária onde os atores são os próprios espectadores, o palco é a platéia e a platéia, o palco. Somos todos artistas: fazendo teatro, aprendemos a ver aquilo que nos salta aos olhos, mas que somos incapazes de ver, tão habituados estamos apenas a olhar. O que nos é familiar torna-se invisível: fazer teatro, ao contrário, ilumina o palco da nossa vida cotidiana.
Verdade escondida
Em setembro do ano passado fomos surpreendidos por uma revelação teatral: nós, que pensávamos viver em um mundo seguro, apesar das guerras, genocídios, hecatombes e torturas que aconteciam, sim, mas longe de nós, em países distantes e selvagens, nós vivíamos seguros com nosso dinheiro guardado em um banco respeitável ou nas mãos de um honesto corretor da bolsa quando fomos informados de que esse dinheiro não existia, era virtual, feia ficção de alguns economistas que não eram ficção, nem eram seguros, nem respeitáveis. Tudo não passava de mau teatro com triste enredo, onde poucos ganhavam muito e muitos perdiam tudo. Políticos dos países ricos fecharam-se em reuniões secretas e de lá saíram com soluções mágicas. Nós, vítimas de suas decisões, continuamos espectadores sentados na última fila das galerias.
Vinte anos atrás, eu dirigi Fedra de Racine, no Rio de Janeiro. O cenário era pobre: no chão, peles de vaca; em volta, bambus. Antes de começar o espetáculo, eu dizia aos meus atores: "Agora acabou a ficção que fazemos no dia-a-dia. Quando cruzarem esses bambus, lá no palco, nenhum de vocês tem o direito de mentir. Teatro é a Verdade Escondida".
Vendo o mundo além das aparências, vemos opressores e oprimidos em todas as sociedades, etnias, gêneros, classes e castas, vemos o mundo injusto e cruel. Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida.
Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!
Augusto Boal
Augusto Pinto Boal (Rio de Janeiro, 16 de março de 1931) é director de teatro, dramaturgo e encenador brasileiro, uma das grandes figuras do teatro contemporâneo internacional. Fundador do Teatro do Oprimido, "o teatro no sentido mais arcaico do termo.
Todos os seres humanos são actores - porque actuam - e espectadores - porque observam.
Somos todos "espect-atores" .
quinta-feira, 26 de março de 2009
Governo X Cultura
0,4 por cento
é o valor da nossa Cultura
no nosso orçamento de Estado
com esta legislatura
Morremos à fome
e estúpidos!
é o valor da nossa Cultura
no nosso orçamento de Estado
com esta legislatura
Morremos à fome
e estúpidos!
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